quarta-feira, 15 de julho de 2009

A Lost day

As oito horas e dez minutos, via a cidade de certa altitude
Anciedade do caminho: apertar os cintos.
Para esquentar os lábios: pedi café
Acompanhado do sempre cigarro tragado.

A roer unhas, ensaio os argumentos
E me ponho a espreitar rostos de desembarque
Como que saídos de um embrulho rasgado, até a surpresa
O moço do chapéu e camisa xadrez, a mastigar meu sorriso.

O casaco preto e branco será em vão, já que o calor vem da pele.
Entro no carro, as ruas da cidade quadrada: explodem lembranças
Sentada, o ouvia pelo caminho: perfeito imperfeito.
Dois mundos se reencontram, eu, perdida em seus dedos.

Presente recebido, peculiaridade inesquecível!
Depois do desacostume o dia passa rápido
A despedida é molhada, traz gosto de novos ruídos
Pudores ao chão e abraço sustentando amor destemido.

Volto a apertar os cintos
Os céus agora abrigam ao meu coração batidas sinuosas
E, rimando o dia prateado, degusto detalhes leoninicos
Com sapatos rangendo calçadas, mando beijos litorâneos.

4 comentários:

  1. Seu texto é fantastico, o dia merece páginas e mais páginas. Um perfeito indicativo do que virá. Parabéns.

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  2. Enfim um blog noir, com todo o encanto de um arco-íris!
    Adoro seus poemas cinematográficos!Versos que viram de avêsso todas as cenas.Cenários que acenam sonhos!

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  3. O que me veio à cabeça quando li esses versos foi... "é isso mesmo que estou pensando"?

    É Deh?

    Saudades demais amiga!

    Beijos

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  4. Brunna, você está pensando o quê estou pensando que está pensando?
    Humm!

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